Estamos a destruir-nos com o tempo, ou a deixar-nos destruir com o tempo. Com o tempo que leva a serenidade e traz, como recompensa, a falta que fazemos um ao outro. Estamos a deixar o sol queimar as nossas feridas mais profundas e, perigosamente abertas. Estamos a ignorar os infinitos sinais do destino, os tantos sinais que nos levam até uma luz de despedida. Não queremos ver o Mundo e tapamos os olhos um ao outro. Suportamos. Mais um segundo, mais um minuto, mais uma hora... mais uma fracção de tempo. Mais um dia. Mas esse (o destrutivo tempo) está a fazer com que nós nos dissolvamos nos ares coloridos e contaminados pelo passado. E quando te digo que estás a corroer a minha alma, quero com isso que entendas que cada palavra tua é, para mim, um sufoco. Que cada momento de silêncio corresponde a uma lágrima, seguida de muitas outras. Que cada lágrima apaga mais um pouco da esperança que contenho cá dentro, deixando pequenas réstias. Mínimas. Por isso, dá-me a mão e... não nos deixes morrer.
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