7.10.11

um minuto

Gosto de saber que és tu quem está aí, do outro lado da linha. Gosto de ouvir a tua voz calmante, e até de saborear os pequenos instantes de silêncio. Porque, mesmo em silêncio, sei que estás do meu lado e que posso chamar pelo teu nome sempre que quiser. Porque, mesmo que o pronuncie baixinho, sei que me irás ouvir. Sei que me irás responder, ainda que me chames de amor. São forças do hábito, que soltamos espontaneamente. Não te censuro, ao invés coro e derreto-me em emoções que, até agora, desconhecia contrair por ti.
Gosto das horas que passamos no conversa puxa conversa, nas noites de tristes insónias. Gosto de balançar em sonhos e fantasias e esperanças, enquanto te ouço cantar só para mim. Esta virtualidade tende a entrar-nos no espírito e já não a negamos, pois os espaços físicos foram-nos proibidos e, clandestinos, são como que obscenos. Mesmo sendo na clandestinidade, talvez hoje devessemos ter ficado mais um minuto... mas um minuto é muito pouco. E, como sempre, eu quero mais do que o diminuto tempo que nos é dado. Eu quero ficar.


1 comentário:

  1. Gostei mesmo muito do texto! Parabéns pelo blogue :)

    Beijinho*

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