9.11.11

sad song

Esta balada é tão triste, não é amor? Mas é enquanto toca que me surgem as palavras, umas seguidas de outras, carregadas de nostalgia. E ela é tão harmoniosa. E a vida de Amélie foi tão triste. E a infância de Amélie foi tão triste. E Amélie gosta tanto dos morangos silvestres. E eu passei a minha infância a contemplá-la, a admirá-la. E eu identifico-me tanto com ela.
Tenho saudades tuas a toda a hora, mesmo tendo estado na tua presença há apenas algumas horas atrás. Talvez não me tenha despedido com um beijo, nem hoje, nem ontem, porque despedidas são demasiado dolorosas para mim. Talvez seja fraca por isso. Mas eu não me quero desfazer em mil pedaços à tua frente. Eu sinto-te logo a falta, no exacto minuto em que as nossas mãos e as nossas almas se separam. Ando a precisar do teu calor, da tua compaixão e do teu amor. Ando a precisar de um ombro amigo, para deitar cá para fora as lágrimas que oprimi a vida toda. Queria contar-te a minha história. Queria contar-te ao ouvido a razão de não conseguir ficar sozinha em casa por muito tempo. Ou de tremer de medo só por estar em casa a sós com ele. Queria contar-te como me tenho sentido só e desgastada do Mundo inteiro. Tenho desistido das coisas, pouco a pouco. Tenho desistido até das pessoas que mais prezo. Tenho desistido da minha própria vida. Tenho desistido de tudo, menos de ti e de nós. Dás-me força para batalhar. E eu pensei que tivesses orgulho em mim. Afinal de contas, eu larguei o meu pior vício. E estou a largar tudo. E eu achei que me amasses como sempre amaste. Afinal de contas, eu rendi-me a este amor, que anda de mãos dadas com as minhas feridas e cicatrizes. E eu também pensei que hoje me pudesses amar de outra forma. Afinal de contas, estamos a começar uma nova história, vivida de outra forma. Mas eu gostava tanto da nossa história antiga, e acho que ainda não fui capaz de virar a página. Queria contar-te tanta coisa que tem deambulado pela minha mente, mas tu sabes que eu não tenho voz. A saudade é a única que ganha uma voz imensa dentro de mim. Queria poder transmitir a meio planeta Terra o quanto te adoro, gritando pela janela, mas não me é possível. Por isso, as palavras falam e gritam e cantam e dançam por mim, ao som desta balada. E eu, continuo em silêncio, esperando que me ouças assim também.

1 comentário:

  1. obrigada querida maddie, acredita que fico muito muito contente por saber que o que eu escrevo é lido por alguém.. fico ainda com mais vontade de continuar! mas também deixa-me dar-te os meus parabéns que tu também não ficas nada atrás :)

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