30.1.12

I'm dreaming the hardest

Tocas-me com as pontas dos dedos no nariz frio e tocas-me no coração. Ao de leve. Enrolas os meus cabelos nesses teus dedos firmes e sábios e adormecemos de mãos entrelaçadas, ao som das doze baladas de uma cidade adormecida. Adormeces com a cabeça sobre o meu peito, e sentes o meu respirar profundo, ofegante. Eu adormeço com as mãos cansadas das festas e carícias sobre as tuas faces quentes e rosadas. E sonho. Sonho com rosas e amoras silvestres em jardins proibidos e cheios de cores. Quentes. Rosadas. Sonho com uma aldeia longe, invicta, serena. Sonho com um rio tão bonito como o Douro, com reflexos tão precisos como os deste nosso pequeno Porto, onde tanto se junta e se conjuga na perfeição. Sonho com a nossa fuga para um sítio mais livre e onde os sorrisos se mostram como aqui se abrem os decotes. Uma fuga num pequeno e colorido barco, onde eu e tu teríamos sempre que remar contra as marés. Sonho com um mundo em que existimos nós dois sem passarmos despercebidos, em que pessoas passam por nós e falam, reparam, fotografam, memorizam. Sonho com um nosso mundo onde não exista esquecimento. Porque eu quero carregar-te no meu peito e levar-te para onde o meu sonho nos guiar. Sonhas comigo, meu grande amor?




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