7.11.11

magias e cheiros imperdíveis

Fecho os olhos, na esperança de que o tormento e a nostalgia passem mais depressa. Fecho os olhos, sem me apetecer sair do quente dos meus lençóis, sendo o Mundo lá fora tão frio, cruel, castigador e ruim. Fecho os olhos, tentando fugir do real, por um mísero dia. Fecho os olhos, porque sair daqui correndo atrás da minha vida, significaria não te ter. E eu quero somente fechá-los e imaginar-te aqui deitado, junto a mim. E eu quero fechá-los e imaginar-me também deitada com a cabeça sobre o teu peito, magicando sobre o nosso futuro, inalando o perfume das pétalas de rosa espalhadas pela cama. E eu quero fechá-los e tentar lembrar-me do teu cheiro que foi levado para longe. E eu quero fechá-los e viciar-me nele, viciar-me em cada expressão de cada olhar teu e em cada linha do teu rosto. E eu quero fechá-los e sussurrar-te ao ouvido que és a minha maior loucura, o meu maior vício, a minha maior vertigem. E eu quero fechá-los e ser Rainha do nosso destino, baseado nos mais puros sonhos e nas mais puras fantasias. E eu quero fechá-los e fechar-tos também. Vem para aqui para ao pé de mim, meu amor, este momento é imperdível.

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