6.12.11

fechado a sete chaves?

Sabes que quando te ignoro, só significa que quero mais de ti, não sabes? Se eu não estivesse a morrer de saudades, não estaria nunca, a meio de um dos meus rotineiros dias, a contar quantos mais desses dias teriam que passar até voltares (parcialmente). 
É sempre assim - quando achamos que já encerrámos o mais doloroso dos capítulos da nossa vida, vem alguém com perguntas e conversas indiscretas sobre o passado. Ou vemos qualquer coisa que nos traz o passado à tona, por ser tão semelhante a ele. E assim vamos vivendo os dias aparentemente baços, confundindo sentimentos que achamos já não nutrir por um alguém de antigamente. 
De que nos serve enterrar memórias, manuscritos, desenhos e simples presentes numa caixa, se dói ainda mais abrir o coração que estava fechado a sete chaves? O coração que outrora estava aconchegado, e que agora está apunhalado de lembranças. Entrando por obrigação no passado. E dói tanto. Dói tanto falar de nós, estando tu tão longe de mim... e estando nós tão longe de ser um nós. Dói, porque cá dentro sei que te amei como nunca amarei mais ninguém. Dói, porque quando partiste levaste metade de mim contigo. 

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