Há noites em que passas da minha maior fraqueza para o meu verdadeiro tormento. Noites de uma ínfima e incontornável saudade... saudade que me leva a ler-te, a ler-me, a ler-nos nos nossos antigos "eu"s. Saudade que me leva a pegar num papel onde escrevi com muito amor e, mais importante que isso, um papel onde escrevi as mais honestas palavras de sempre. Eu amei-te, já to disse? Talvez já to tenha escrito, por entre as mil cartas de desejo, de falta e de ternura que o meu coração te entregou. Pedaços de papel como esses que ainda hoje guardo na mesinha de cabeceira e que me esforço por não reler antes de dormir. Tento fechar os olhos e esquecer-me da dor que é ver-te e não te poder tocar, olhar-te sem te poder falar... ou mesmo da censura de outrem por te escrever tantas e tantas vezes. Pedaços de papel com palavras escritas, rasuradas, rabiscadas, apagadas e reescritas. Poderosas palavras que luto todos os dias por apagar de mim.
Palavras tuas. Guardo-te no meu coração e levo-te comigo no meu pensamento, mas sempre em silêncio.
Lindo!
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