14.5.12

"longe, mas sempre perto"

Tentas ensinar-me todos os dias o que é o amor sem te aperceberes que nem tu próprio consegues compreender o porquê de ele mexer tanto contigo. Aproximas-te cautelosamente de mim com carinhos, com palavras meigas e com atitudes menos frias. Mas dentro de mim continua sempre aquele vazio enorme que nem tu conseguirás completar... por muito que me emociones com a sinceridade das coisas que me sussurras ao ouvido com vergonha ou com sentimento, ou com os teus olhos fixados nos meus durante longos minutos seguidos de um "adoro-te". 
E eu tento ficar sozinha por umas horas, mais sozinha do que na realidade estou, por sentir que não estás comigo nem em coração, a olhar as nossas fotografias de gargalhadas e de beijos intermináveis, imaginando e contando mais de mil razões para te abandonar e para deixar para trás o nós que criámos. Mas depois apareces tu, de surpresa, lembras-me que estás aqui para lutar mais um pouco por mim, mais um pouco todos os dias, mais um instante do que no dia anterior em cada dia, até que fique convencida (no momento) de que não vais embora. Acaricias-me o pescoço e agora bem alto, dizes-me convicto que não estou sozinha e pedes-me que deixe que me ames. E repetes tudo outra vez, de cada vez que me sinto só neste mundo e só me apetece ouvir músicas tristes e chorar. E entendes-me. E eu entendo que estás aí para mim. Longe, ou perto.

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