4.6.12

de ti, guardo tudo

Escrevo num caderno novo para reavivar a nossa história mas não queimo nem deito fora os rascunhos antigos, por mais palavras frias e duras que contenham, porque também eles um dia fizeram parte de nós. Guardo tudo sem apagar nada. Guardo tudo sem me livrar de nada. Guardo as lembranças mais amargas. De nós, guardo tudo. De ti, meu amor, guardo também tudo aquilo que consigo reter dia após dia, desde um olhar fugaz e fixador, a uma palavra cheia de sentimento e amor. De ti, meu amor, guardo tudo aquilo que me ofereces (todas aquelas mínimas coisas que me fazem sorrir daqui à lua sem tu notares). No passado, no presente e num nosso tão completo futuro, guardei, guardo, guardarei tudo. De ti, guardo lembranças e gestos bonitos que me fizeram acreditar na pureza de um sentimento intenso de que todos falam, que nos levou a esta tão especial história. De ti, guardo as noites quentes a dois e aquelas irresistíveis noites de verão em que nos encontrávamos separados por vários quilómetros. De ti, guardo as tardes de inverno em que nos aquecemos com paixão e aquelas tardes que passámos distantes e agarrados a mantas e capuccinos. De ti, guardo o cheiro que fica na minha roupa depois de te abraçar e o cheiro que fica nos meus lençóis quando te vais embora de mim. De ti, guardo o cheiro que me faz ter saudades, quando ele fica sem tu ficares. De ti, guardo o primeiro beijo e a primeira vez. De ti, guardo as brincadeiras que levaram às minhas gargalhadas descomunais e as discussões agressivas que levaram às minhas lágrimas aparentemente infinitas. De ti, guardo os beijos queridos de bom dia e as boas noites arrastadas e secas devido ao cansaço. De ti, guardo palavras amigas. De ti, guardo silêncios preciosos. De ti, guardo toques inesperados. De ti, guardo surpresas arrojadas. De ti, guardo gritos perigosos. De ti, guardo sonhos mútuos. De ti, guardo segundos, minutos, dias, meses e (quase) anos que passámos sem nunca nos largarmos. De ti, guardo alegria de viver mais um dia a teu lado. De ti, guardo um amor que se me entranhou no coração sem pedir nada. De ti, guardo mimos, cócegas, instantes, carinhos, risos e milhões de outras coisas genuínas. De ti, guardo essas únicas coisas que sabem como me fazer feliz. 
De ti, guardo a lembrança da noite em que querias dormir e eu queria que estivesses acordado, sem ser capaz de te acordar. De ti, guardo a doce lembrança do momento em que me afastei para dormires, já com saudades dos teus braços e do teu corpo, e em que tu, meio-a-dormir-meio-acordado, te chegaste para junto de mim e te agarraste com força. De ti, guardo essa força que me leva a enfrentar a vida com cada vez mais garra. De ti, guardo essa esperança que me dás e que cresce mais a cada batalha que travo. De ti, guardo toda a segurança do Mundo. 
Sempre tua.

1 comentário:

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