9.9.11

I've tried my best

Apenas uma semana depois do nosso reencontro voltamos à estaca zero, e já sinto uma necessidade imensa de escrever sobre nós, sobre ti.
As oportunidades chegam ao fim e tudo aquilo que fora construído até ao momento voa, conjuntamente com o tempo. Queremos adiar esse tempo e, com ele, as palavras, mas não somos capazes. Não somos capazes e soltamos todas elas, essas palavras rancorosas e assustadoras que nos vão na alma, sem pensar segunda vez. Despejamos tudo no coração um do outro, e remexemos nas memórias mais dolorosas do passado, trazendo-as de volta ao hoje. Os tormentos voltam a assombrar-nos e somos de novo corrompidos pelo tempo, pelo egoísmo, pela própria sinceridade e dureza dos sentimentos. Encontro-me agora sem forças, sem poderes, e sem chances que te possa entregar de mão beijada, sem pedir nada em troca. Tento alcançar-te e sinto-me impotente. Sinto-me agora como um traje velho e esquecido, sem sentidos, incapaz de agir. Desisto, desisto, desisto. Desisto de lutar por ti, visto que nada me devolves. Desisto, enquanto espero, iludida, pelas tuas palavras de perdão. Desisto, enquanto anseio pela tua insistência. 

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