9.10.11

sem mais delongas

Amo esse teu jeito de me pores os braços debaixo do peito, bem enrolados, aconchegando-me. Amo a rapidez com que consegues que o meu coração acelere ou abrande, e a tua capacidade de fazeres com que esses dois estados se alterem num estalar de dedos. Amo a tua forma de me apertares com imensa força, como se estivesse a fugir de ti, como água a escorrer pelos teus dedos. Amo quando o fazes, porque me dá a deliciosa sensação de que não me queres ver partir. Amo as horas que passamos deitados na cama, escondidos dentro dos lençóis cor-de-rosa velho, às festinhas. Amo as horas de confissões e as provas do mais puro amor - o nosso. Amo quando me esboças um sorriso, de longe, à segunda-feira e esperas, por mim e pelo meu beijo suave, depois de um longo fim-de-semana, que acabou por deixar algumas saudades.
Hoje, nesta noite de domingo, confesso-te, sem mais delongas, que o que mais queria era ter-te aqui, ao meu lado, deitado na minha cama. Queria poder esticar o meu braço, a meio de um sonho atribulado, a fim de agarrar o teu pescoço e de o chegar para perto de mim. Queria poder enroscar-me no teu corpo, a meio de uma noite gélida, de modo a adormecer mais próxima de ti, mais despreocupada e mais feliz. Queria poder passar a noite acordada a contar-te pedaços de histórias da minha vida, a ouvir os ruídos de fundo que à noite tanto sobressaiem, a observar as estrelas pela janela do meu quarto, a receber e a oferecer miminhos, enquanto te sussuro ao ouvido que és meu. Queria ouvir-te dizer que sou toda tua, queria ouvir-te chamares-me de princesa, quero ouvir-te dizer que tens orgulho em mim, queria ouvir-te dizer que me queres. Para sempre.

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