31.5.11

new beginnings

Quando o despertador toca e o sonho chega ao fim, ainda que inacabado, nunca sabemos o que nos espera... para lá dos sonhos e do pequeno Mundo, inocente e ingénuo, que nós próprios criamos no nosso subconsciente. Nunca sabemos qual o próximo acto alheio que nos vai despertar um bichinho cá dentro, nunca sabemos qual o próximo passo que iremos dar, nem mesmo o seu rumo, nunca estamos preparados para a dor que poderá vir, nunca sabemos as mudanças que virão, nem sequer conhecemos as suas origens, porque estamos sempre concentrados na nossa vida. Tornamo-nos vítimas do Mundo quotidiano, abrem-nos uma porta e nós entramos, sem espreitarmos se é seguro. Por vezes, essa porta fecha-se e só nos restam como hipóteses algumas janelas. Por vezes, moribundas. Sem perfume. Somos obrigados a escolher uma dessas pequenas janelas e aí o caso muda de figura. Em dias como esse, a vida toma outro sentido, cai-nos o Universo sob os ombros e só desejamos construir tudo outra vez. Aí, queremos ser nós a traçar o nosso próprio destino, recomeçar do zero com novas esperanças, novas convicções e novos objectivos. Não se trata de uma fuga da realidade nem de cobardia, apenas de criar raízes noutro lugar e novos vínculos com outras pessoas. Trata-se de uma nova Era, uma nossa Era. Caso isso não aconteça quando nem do modo que nós queremos, facto que é provável, pairamos nas ruas até sentirmos as gotas de chuva a caírem-nos na cabeça. Mesmo que hoje não seja o dia, um dia há-de o ser... porque a espera é a única opção.

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