26.5.11

sometimes...

Por vezes, tudo aquilo que queria era que sofresses na pele os tormentos de outrém. É esse um querer relativo, obviamente. Um querer de sabedoria e com uma pitada de maldade. Um querer de violência, abusos e maus-tratos. Um querer de ausência de protecção e de apoio. Um querer de insultos. Um querer de dor constante e profunda. Um querer de sonhos e desejos inconcebíveis. Um querer de pesadelos obscuros e sombrios. Um querer de desconforto no próprio lar (no caso, num sítio aqui ou acolá ao qual chamam lar). Um querer de revolta e resignação. Um querer de conformismo obrigatório. Um querer em que o verdadeiro e mais puro querer se cinje ao silêncio que uma casa, a sua casa, de gitos e sufocos permanentemente assalta.


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