1.8.11

goodbye addiction

Um dia olho para tua fotografia, pálida, ríspida, e sinto que já não existes para mim. Que já não és real. Que deixei de gostar da tua imagem, do teu rosto feliz e desconfiado. Emergiste como numa visita de alguém inesperada, corrompendo o meu ser e a minha alma. Talvez tenha sido tão grande a vertigem da duração do meu carinho por ti, apenas por uma questão de compaixão. Talvez só agora me tenha apercebido do significado da vida para ti: brincadeiras cruéis. Vives em mais do que um Mundo, como alguém que possui diversas facetas ou a doença bipolar. E talvez só agora me tenha apercebido de que hipocrisia, maldade, egoísmo e traição são os teus vocábulos maiores, mesmo que ombros amigos me tenham sempre tentado avisar. Já não sinto mais calor no teu abraço, prazer em ouvir a tua voz grossa e o teu toque para mim... é tão oco agora. O meu sentimento por ti passou a ser vazio. Se deixei de te inspirar e de cativar, não era a minha intenção, mas ainda bem que tal aconteceu. Este é o meu despertar definitivo para o teu poço de egocentrismo. Estou liberta dos teus actos de conquista e potencial ternura e convicta que daqui em diante tudo será mais tranquilo. Estarei à tua espera num sítio vivo onde as tuas palavras não magoem, não firam, não faltem nem sobrem. Estarei à tua espera num sítio onde consiga sentir a tua indiferença, e esperarei que essa indiferença seja mútua. Esse sítio existe, acredito que sim.


(Eras como um vício saudável que não sabia como largar... que eu não queria largar…)

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