estás aí?

Eu choro de forma barulhenta e nem assim reparas, grito por ti mas pareces não querer ouvir a minha voz de criança, grito-te o que sinto por ti e tratas-me como um pequeno nada, engulo em seco, calo-me e perguntas-me o porquê de tanta silêncio, mostro-te o meu amor em atitudes mas pareces estar de olhos cerrados e de coração frio, corro até ao fim da rua para ir ao teu encontro e tu viras para o outro lado. Escrevo(-te), porque a dor não cabe no meu peito só e porque tento, com tudo o que tenho, e insisto, para que me vejas, para que me agarres, para que te entregues, para que me adores e que me ames como eu a ti. Como eu te vejo a ti - a melhor pessoa que entrou na minha vida, como eu me agarro a ti - com toda a força deste Mundo e do outro, como eu me entrego a ti - de corpo e alma, como eu te adoro a ti - todos os dias mais e mais, tanto mais que até a mim me parece demais. E como não pareces estar aí para mim, para sentir na pele o que eu sinto e me arrepia, grito à janela, para o Mundo inteiro, o quanto te amo (pode ser que alguém te conte ao ouvido o quão alto o meu grito soou).